17 FEBBRAIO

 

 

 

ALESSANDRO GRIGOLLI (sacerdote)

 

Pe. Alexandre Grigolli, como missionário, foi um dos três primeiros estigmatinos a aportar no Rio de Janeiro, aos dois de dezembro de 1910.
Nasceu em Zevio (Verona) aos 04.08.1881. Emitiu a primeira profissão em 15.08.1894 e a perpétua aos 15.08.1897. Foi ordenado em Trento (Itália) aos 21 de agosto de 1904.

Em seguida, exerceu alguns anos de ministério em Verona e Milão. O jovem Alexandre impressionava por seu talento. Apresentava sua arte e peças teatrais com admiráveis cenários, ornamentados criativamente com objetos da vida cotidiana e decorações simples.

A vida lhe sorria então, e tudo dava a entender que teria um futuro brilhante em seu país natal. Renunciou a estas perspectivas para vir ao Brasil.
Iniciou o verdadeiro trabalho missionário em Tibagi, no Paraná, em 1911. Aqui demonstrou ser sacerdote sacrificado e zeloso. Aplicava suas qualidades de músico, professor, escultor, pintor, médico e poeta para o bem dos irmãos. Sua dedicação e entusiasmo suscitaram a vocação missionária em muitos estudantes.

Em 1914 transferiu-se para Limeira, no estado de São Paulo. No dia 5 de outubro de 1915 começou novas atividades em Rio Claro. Em 1919 foi à Itália para o Capítulo geral.

Em 1924, retornando ao Brasil, uniu-se a Pe. João Batista Pelanda na recémcriada paróquia Sagrada Família, em São Caetano do Sul. Em 1930 foi nomeado vigário. Restaurou a velha matriz e iniciou a igreja Sagrada Família, tendo feito o projeto e dirigido a construção. Revelou-se, então, um verdadeiro artista em arquitetura, pintura e música. Apesar dos achaques trabalhou incansavelmente para levar até o fim a construção da igreja e também da escola paroquial. Construía e, ao mesmo tempo, procurava formar a igreja espiritual, cuidando das associações que deveriam dar vida à comunidade.

Aos 25 de abril de 1946 foi a Roma para o Capítulo Geral e desde esta data
permaneceu na Itália, na província Sagrado Coração.

 

Pe. Alexandre foi um sacerdote atualizadíssimo em matéria de apostolado. Em 1965, por ocasião do Concílio Vaticano II, fez-se uma tentativa para modificar o estilo
de pastoral com os Marianos e Filhas de Maria, na paróquia Sagrada Família, em São Caetano do Sul. Uma iniciativa muito difícil de ser levada a termo. Um antigo mariano assim se expressou a um padre da comunidade estigmatina: - "É digno de nota! Tudo o que os senhores estão querendo fazer, o Pe. Alexandre já fez conosco, quando eu era jovem”.

A partir de 1946, Pe. Alexandre foi professor e padre espiritual dos nossos estudantes em Cadellara e Sezano. Em 1951 assumiu a Associação Missionária Bertoni, em Verona.

Após atividades em outras frentes, retirou-se para a casa de São Leonardo em Verona, esperando serenamente a morte, que chegou à noite do dia 17 de fevereiro de 1969. Tinha 88 anos de idade, 72 de vida religiosa e 65 de sacerdócio.
Seus luminosos exemplos de piedade e de trabalho apostólico marcaram fortemente os confrades que com ele conviveram. Dedicou-se à pastoral como sacerdote destemido, zeloso, inteligente e empreendedor. Para se ter uma ideia da amplidão de seu trabalho no Paraná basta ler as crônicas de Pe. Henrique Adami e Pe. Ferrúcio Zanetti.

Como estigmatino, foi um verdadeiro modelo de vida religiosa, quer na piedade, quer na caridade que praticava com carinho maternal. Sempre encontrava uma palavra de bom h
umor para diminuir o sofrimento alheio.

 

 

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