JOSÉ DIAS SOBRINHO RIBEIRO (sacerdote)
Pe. José Ribeiro Dias Sobrinho, ou como todos o conheciam: Padre Zé Dias. Este homem será lembrado pela sua disposição de trabalho, pela sua dedicação ao ministério e pelo amor à Congregação. Pe. Zé nasceu em Jacuí (MG), aos 04.abril.1930, filho de Júlio Ribeiro e Francisca de Souza. Entrou como aspirante em Rio Claro (SP), aos 06 de março 1946; fez o noviciado em Ribeirão Preto (SP) em 1955; a profissão perpétua em Casa Branca (SP), aos 09 de dezembro de 1958. Foi ordenado sacerdote em São Caetano do Sul (SP), aos 8 de dezembro de 1961. Faleceu em Campinas (SP), aos 26 de agosto de 2010.
Exerceu o ministério sacerdotal em Ribeirão Preto (SP) (1962), Curitiba (PR) (1963), foi Missionário (1964 – 1968), Livramento de Nossa Senhora (BA) (1969 – 1991), Guarapuava (PR) (1991 – 1994), Santo Antônio do Sudoeste (PR) (1995 – 2007), Campinas/S. Benedito (SP) (2008), Itararé (SP) (2009). Foi formador, missionário, Pároco (em Livramento foi Vigário Geral).
Homem simples, tranqüilo, trabalhador, ótimo colega, foi sempre um verdadeiro caboclo no seu dia a dia. Estava sempre pronto pra o que desse e viesse. A sua fisionomia era sempre a mesma, seja nos bons como nos momentos difíceis. Piedoso e fiel nas obrigações de oração e de vivência religiosa. Na idade madura, sua figura foi se tornando cada mais característica: barba e cabelos intonsos, adquirindo uma presença típica de “Antônio Conselheiro”. Testemunhos afirmam que no seu fim da vida, quando teve que perder a barba e o cabelo por causa da cirurgia que iria fazer, ele teria dito: “quase chorei”. Não é para menos! É difícil perder a “marca registrada”.
Onde trabalhou foi sempre muito querido, respeitado e admirado. Dom Hélio, um dia, em conversa com o Pe. Bettini, afirmou: “Para mim o Pe. Zé Dias foi um ótimo colega e colaborador. Com ele tinha certeza de que as minhas costas estavam sempre guardadas”.
Nunca foi uma sumidade nas ciências humanas, mas possuía alguma coisa muito mais importante: a simplicidade evangélica daqueles que, como os Apóstolos, sem grande sabedoria, souberam levar adiante o Evangelho, pela Palavra e pela Vivência.
Aceitou sempre as ordens, principalmente nas mudanças de local ou de ministério. Após mais de trinta anos no sertão baiano, onde impera o calor, foi tranquilamente viver no frio do sudoeste paranaense. O que importava não era onde estava, mas o que estava fazendo. Exemplo!
Talvez por ter entrado no seminário aos 16 anos, na época já idade “avançada” para o ingresso no seminário, foi sempre chamado entre os confrades de “Zé Véio”.
Entre tantas virtudes, impressiona a sua capacidade de adaptação. Trabalhou sempre em cidades do interior, no meio do povo simples, que tão bem se parecia com ele. De repente com mais de 70 anos, foi enviado a Campinas (SP), numa paróquia central. Saiu-se maravilhosamente bem, tanto que sua saída de lá foi muito sentida. Quando ele deixou a paróquia, um grupo de paroquianos, em carta dirigida ao Superior Provincial, disse: “tudo o que é bom dura pouco”. Exemplo!