Ir. LUÍS ABRAM
NATO:
16.11.1924 Chegou ao Brasil
MORTO:
Negrar, VR – 14.06.1974
ETÀ: 87 anni
Tinha quase 87 anos, portanto sua morte não chegou de surpresa. Sua saúde, ultimamente, não ia bem e estava piorando cada vez mais.
Há vários anos sofria de arteriosclerose, que nos últimos anos o deixava tranquilo e em completa serenidade de espírito. Após uma queda que o prendeu ao leito por seis meses, de dois anos para cá não conseguia mover-se e devia ser ajudado por um enfermeiro, ou levado em cadeira de rodas. O Ir. Natal Viscito, desde 1968, o assistia com solicitude, dedicando-lhe grande parte do seu dia.
O atestado de óbito indica a causa da morte como bloqueio renal, mas com certeza foi provocada pelo desgaste do organismo motivado pela idade e pelas doenças.
Luís Abram nasceu em Ronzone, Val di Non (Trento), no dia 20 de agosto de 1887, de Franscisco e Ana.
Entrou na Congregação em 1921, depois de ter feito o serviço militar sobo domínio austríaco, durante a guerra de 1914-1918. Fez a profissão no dia 02 de dezembro de 1923.
Em 1924 foi destinado ao Brasil, onde permaneceu até 1927, residindo em Rio Claro, Tibagi e Campinas.
Voltando para a Itália, esteve sucessivamente em Trento, Verona, Escola Apostólica - S. Ágata - Affi e Cadellara. Mas onde mais permaneceu foi na Escola Apostólica de São Leonardo (1954-1961) e em Trento (1961-1968). Trabalhou como sacristão, cozinheiro, hortelão. Até que em 1968 - velho e doente - voltou a S. Leonardo para ser tratado.
Durante sua longa vida foi sempre zeloso e trabalhador, em todas suas ocupações, colocando em ação, com grande dedicação, os talentos recebidos. Era um homem simples, tradicional, firme, que sabia conciliar a alegria espontânea com a obrigação religiosa e o serviço cordial para com a comunidade.
Durante a vida sofreu incompreensões, por sua capacidade limitada e pela doença, que especialmente no fim, o acompanhou.
O Senhor que conhece os corações premiará o gesto de Luís Abram que ofereceu sua juventude para consagrar-se ao Seu serviço, humilde e fiel em nossa Congregação.
Quando estava em Tibagi ia com Pe. Morelli até Castro, a cavalo para se confessar. Saiam à tarde para chegar de madrugada. Ir. Luis batia no “bum-bum” e dizia: “Como custam os pecados!”